quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A hora da chuva

Me espera um pouco mais, vou correr na chuva. Refrescar a cabeça, umidecer o corpo, lavar a alma. Rodopiar. Provar da forma mais livre de amar: a loucura.
Me espera querendo, a imaginar. Vou dançar a liberdade, num só fôlego. Escutar a sinfonia das gotas. Voar sobre a terra lavada. Olhar de longe a beleza do nada. De longe nada existe e nada faz mais sentido do que o nada existir.
Me espera, pois dessa corrida voltarei mais bela. Voltarei mais limpa pelas águas geladas que atravessarei. E minha pele estará mais doce. E meus olhos menos vermelhos. Mas eu preciso correr.
Me espera... Sou apenas uma. Mais uma. Uma, empenhada nessa saga em construção. Vorazmente capaz de querer, voraz-mente em busca de ser livre. Livre de todos e quaisquer que sejam os julgamentos, pois o julgamento limita a corrida.
Me espera. Eu não tenho medo de sair na chuva. Vou lá gritar alto, tão alto para que Eu possa ouvir... Para que eu entenda um pouco mais de mim.
Vou refrescar a cabeça, umidecer o corpo, lavar a alma...

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